Arredores da Academia

Relembrando a primeira mensagem :

Do lado de fora do território da escola, ou seja, do portão da academia pra fora. Dá acesso ao portão da academia e a todas as localidades externas (incluindo os dormitórios).

*Procedente da área dos dormitórios, de mochila e tudo, Tsukihime senta-se à sombra de um velho cedro japonês, apoiando suas costas no tronco da árvore. Retira da mochila seu laptop, em ouro branco e platina (uma verdadeira maravilha high-tech, abastecido por microcélulas de energia escura e uma bateria nuclear usando californium-454 como combustível, que deixaria Bill Gates de boca aberta e queixo caído e babando!), abre e o liga. A imagem de Liriel, a inteligência artificial que anima o pequeno computador portátil, surge na tela plana: rosto de menina adolescente, de tez preto-azulado-ardósia, olhos vermelhos, orelhas pontudas afiadas, cabelos acinzentados curtos e um sorrisinho maroto nos lábios.*

- Olá, Hime-san. Que tal seu primeiro dia de aula na Academia Youkai?

- Interessante. - *Ela responde laconicamente.* - Não exatamente o que eu esperava quando decidi vir pra cá.

- Esperava o quê, recepção com tapete vermelho e banda de música? Sorrisos, apertos de mão e tapinhas no ombro? Não estamos no mundo dos humanos, garota. Aqui corre-se o risco de ser vampirizado, mutilado, morto, ressuscitado e transformado em zumbi por cada novo estranho que apareça. Seus colegas e professores não conhecem você; eles não sabem qual é a sua. Terá de se esforçar por merecer a confiança deles, Hime-san.

*Tsukihime suspira.* - Até parece que voltei a Menzobarranzan, onde cada homem, mulher e criança é um inimigo ou um aliado em potencial, nada mais.

- Não é bem assim. - *contesta Liriel, muito séria.* - Aqui, pelo menos, existe a possibilidade de se conquistar verdadeiras amizades, e até mesmo algo mais! Nishi-san conseguiu isso, lembra-se?

- É claro que me lembro. - *Ela ri, pensando na mulherada multirracial do "harém do Nishi-san", nos filhos híbridos que o humano/ghoul nascido no Brasil gerou com elas, todos se dando muito bem.* - Longe de mim querer ter um harém... Mas seria legal ter alguém com quem conversar pelos próximos três anos, e que não fosse só você, né Liriel? Sem ofensa...

- Então trate de descer do pedestal, princesa guerreira dos drow. Você pode, por exemplo, se afiliar a um ou mais clubes, ligados a atividades com as quais você sinta alguma afinidade: astronomia, música, dança. A escolha é sua.

- Clubes... - *Ela pondera.* - Até que não é má ideia. Contanto que ninguém descobra quem e o que eu sou. Elfos negros são uma das raças mais odiadas do mundo dos youkais, você sabe. Especialmente pelos outros elfos, que, ironicamente, são nossos "primos".

- Só se você revelar a alguém a sua identidade secreta. Esqueceu-se das duas diretrizes primordiais do regulamento da Academia Youkai?

*Naquele instante, aproxima-se dela um jovem homem robusto de pele amarela e olhos oblíquos mongólicos, que a encara brevemente com um olhar invasivo e depois prossegue em seu caminho. Quem será? Tsukihime está acostumada a que seu visual, sua beleza exótica, de pele ebânea, cabeleira cor de prata e olhos azuis, chame a atenção e provoque as fantasias e fetiches de homens e mulheres, humanos e youkais, aonde quer que vá. Desta vez, porém, todos os seus instintos lhe advertem que aquele ser, seja lá quem ou o que for, não é um simples admirador.*

*Suspira de novo, desliga o laptop e o fecha. Após guardá-lo novamente na mochila, levanta-se e segue para o interior da Academia. Para se inscrever em algum clube.*

(Ele ta no interior da academia, no corredor do dormitorio.)

*Nesse instante, voltando do interior da Academia, Tsukihime se depara com a cena: um dos alunos (presumivelmente reconhecível pelo uniforme escolar) barra o caminho de um homem mais velho, com um tapa-olho, e os dois estão bem próximos de se pegarem. Nenhum dos dois é seu conhecido, muito menos seu amigo. Apesar disso, sente um grande poder e extrema periculosidade no homem do tapa-olho.*

*Ela observa e avalia a situação em silêncio, ponderando se vale a pena interferir com o que está acontecendo à sua frente... ou não.*

*E então ela tem uma ideia, simples mas eficaz.*

*Aproxima-se dos dois homens que se conffrontam, e, com um sorriso cândido, de belos dentes perolados, pergunta:*

- Com licença! Me perdoem a interrupção, mas eu sou uma caloura, não estou me sentindo nada bem e não sei pra que lado fica a enfermaria. Será que algum de vocês poderia me ajudar?

Ranma:Claro.*Quando ela se aproxima ele sente o cheiro dela e fala.* Voce cheira a elfo das profundezas. Que interessante, nao sera que e por isso que esta se sentindo mal?

(Detalhe ele ta falando de estar na superficie XD, e ele e um drakon entao tem um alfato muito apurado e por isso pode indentificar cheiros de ra;as diferentes, menos das que nunca encontrou.)

*Tsukihime, fingindo surpresa, arregala os olhos azuis brilhantes e exclama:*

- Elfo das profundezas? E isso existe? - *Risinho meio sem graça:* - B-bem, lamento desapontá-lo, moço, mas não sou nenhum elfo, nem da superfície, muito menos das profundezas. Sou só uma pobre garota youkai que cresceu no mundo dos humanos, sem amigos nem nada.

*Em seguida, põe a mão na barriga, fazendo uma expressão nauseada.* - Ah! Está piorando! Só pode ser algo que comi na cantina, hoje. Acho que meu estômago e a comida daqui não se dão muito bem, sabem.

*E, com uma expressão suplicante, acrescenta:* - Por favor, será que algum de vocês pode me acompanhar até a enfermaria, seja lá onde for?

*Tsukihime afasta-se de Ranma, simulando estar assustada, e se dirige a Dareno.*

- Por favor, você parece ser um bom moço, venha comigo. Me leve até a enfermaria. Não confio nesse homem. - *diz, lançando um olhar aflito para Ranma.* - Eu não sou nada disso do que ele fala.

*Tsukihime pondera, dando uma de mocinha indecisa, mas, em face da indiferença aparente de Dareno (ela o considera apático, mas não perigoso, e fica especulando que tipo de youkai ele é), resolve aceitar o oferecimento de Ranma, e ver até onde ele vai; afinal, sua prioridade de momento é separar os dois, de um jeito ou de outro. Este Ranma talvez possa ser manipulado... (trata de bloquear seus pensamentos com um hipnobloco, uma de tantas técnicas que aprendera com sua finada mestra e amante, "Demônio Negro" Kaguyahime Kurayama)*

- Tudo bem, moço, eu vou acreditar em você. - *ela diz, com uma expressão muito séria.* - Mas nem pense em tirar partido da minha situação, ou eu garanto que vai se arrepender na primeira oportunidade. - *Faz uma pausa e continua:* - De mais a mais, mesmo que eu fosse essa tal de "elfa das profundas", e eu NÃO sou, revelar a própria identidade, ou a dos outros, é CONTRA o regulamento, sabia?

*Ela pega o folheto, dá uma ligeira olhadela e guarda num dos bolsos (onde leva tb sua provisão de bo shuriken tipo adaga, de aço drow da melhor qualidade, embebidos c/veneno drow neuroparalisador, não-letal; nota: NÃO afeta elfos negros). Em sua mochila, carrega a inseparável pistola automática encantada Khazid'hea, que tem um link mental c/sua dona e gosta de matar!*

- Domo arigato - *ela agradece polidamente.* - Podemos ir, por favor.

(Sorry, tava fazendo vestibular D:)

*Calado, Hansha apenas segue os dois até a enfermaria.*