Cemitério

Assunto: Cemitério Sáb Set 18, 2010 11:46 pm

Relembrando a primeira mensagem :

Um imenso e macabro cemitério ao redor da academia.

Convidado

CALEM-SE, SEUS VERMES!

*Diz Tori, virando-se raivosamente para Yukio e Sae. Ele estava realmente ficando enfurecido, a raiva e o rancor dominavam seu coração. Era como se todos seus sentimentos fossem apagados quando estes outros se manifestavam, tornando-se cruel, impiedoso.*

O PODER ERA PARA PRESERVAR NOSSO AMOR! COMO VOCÊ NÃO VÊ ISSO? ERA TUDO PARA QUE PÚDESSEMOS VIVER ESSE AMOR!!! ERA TUDO PARA QUE PÚDESSEMOS VIVER TODA A FELICIDADE QUE MERECÍAMOS!!!

*Tori então, quando percebe, já havia agarrado o pescoço de Arien, com uma de suas mãos, erguendo-a alguns palmos acima do chão. Enfurecido completamente louco de raiva, suas chamas ardiam como nunca, o lago de lava borbulhava e estourava labaredas de fogo, enquanto parecia gritar, querendo transformar tudo em cinzas.*

EU NÃO SOU UM MONSTRO! EU SOU UM HOMEM QUE QUERIA ETERNIZAR O AMOR DA MULHER QUE AMAVA E VIVER FELIZ AO LADO DELA! MAS VOCÊ NÃO VÊ ISSO! VOCÊ É INCAPAZ DE VER! EU IA CONSTRUIR UM FUTURO GLORIOSO!!!

*Seus olhos emanavam ira, ódio, enquanto ele olhava para o rosto de Arien. Entretanto, a aura de Minori ainda o atordoava, era como se algo dentro dele pedia para que ele fosse um verdadeiro pai, mas não conseguia, uma parede de sentimentos ruins, uma parede de sede por poder bloqueava seu caminho. Logo Tori deposita seus olhos sobre o colar que Arien havia colocado no pescoço, era o colar que ele estava usando anteriormente.*

VOCÊ! VOCÊ VEIO AQUI PARA ME TRAIR NOVAMENTE, NÃO FOI? VOCÊ VEIO AQUI PARA TENTAR ME DESTRUIR!!!

*Seus olhos olhavam para Arien como os olhos de um monstro que, em sua mais vil insanidade, seria capaz de destruir tudo o que amava, pela segunda vez.*

Assunto: Re: Cemitério Sáb Jul 21, 2012 2:50 am

*Minori fica emocionada com a fala de Sae, sorrindo para ela como nunca fizera antes. Foi realmente algo nobre o que a garota fizera. Voltando a si, percebe uma estranha coisa em Tori, como algo nele não concordasse com suas ações. Arien, chorando, agora sendo elevada pelas mãos quentes de Tori, continua a olhar nos olhos dele profundamente. Estava imóvel, com dificuldade para falar, porém Minori ainda conseguia se mover, como se tivesse trocado de "plano" com sua mãe*

Nós não precisávamos de mais nada, Hiroto-kun. Nós já tínhamos toda a felicidade do mundo, mas você não via isso. Meu amor por você era eterno, mas no entanto nem mesmo todo esse amor foi suficiente para convencê-lo disso. Você destruiu o futuro glorioso. Você sabe muito bem, só se pode matar um elfo de suas maneiras: se ele for assassinado brutalmente ou se sofrer uma desilusão amorosa extrema. Você me matou das duas formas. Acabou com a minha vida. Com a sua vida. E o que vai fazer? Me matar novamente? Acabar com a vida de sua filha? Vá em frente, você já é especialista nisso.

*Arien o desafiava sem medo, pois sabia que Minori era esperta. Minori, discretamente, olha para Yukio e, movendo os lábios sutilmente, fala sem emitir nenhum som: A-GO-RA.*

Assunto: Re: Cemitério Sáb Jul 21, 2012 2:59 am

-GUNGNIR!

*Os trovões que Yukio conjurava com facilidade desciam dos céus assim que ele lia os lábios de Minori. Tomavam então a forma de uma lança prateada gigantesca, envolta em raios e faíscas, que brilhavam como se fosse algo sagrado. Aquela lança invocada, do elemento trovão, flutuando sobre a mão direita e erguida de Yukio, era o ataque repentindo que, em menos de um segundo, fora lançada em altíssima velocidade no braço que Tori usava para enforcar Minori/Ariën (sei lá, já tô até confuso sobre quem é quem). A perfuração do braço o forçaria a soltar a elfa imediatamente, encadeando a segunda parte da técnica.*

-TENSOU RAISEN! FURUEEEEEEEEEEEEEE!!

*Um segundo trovão cairia sobre a lança então, espalhando a eletricidade por todo o corpo de Tori de uma única vez. Um ataque com todo o poder mágico de Yukio concentrado, para debilitar de uma vez por todas aquele inimigo desprezível. O clarão de luzes formadas pelos trovões se sobrepondo, o estrondo dos rugidos celestes que estalavam contra o solo tentando esmagar o inimigo em um único choque tornavam aquele ataque um show de luzes e sons brutais, monstruosos, envoltos por toda a esperança que o bruxo tinha em acabar com aquela fênix para fazer com Minori o que ele não soube fazer com Arien: dá-la a felicidade que merece.*

Convidado

*As palavras de Arien ressoavam como tambores na cabeça de Tori, quando, repentinamente, uma incrível dor trespassa o braço de Tori, forçando-o a soltar Arien no chão. Ele solta um gemido de dor, vendo que fora uma lança prateada arremessada por Yukio contra ele.*

SEU MALDITO!!!

*Logo o estrondo do trovão abala o cemitério como o grito de um grande Titã, atingindo em cheio a lança, fazendo-o com que toda a descarga de um relâmpago mágico, criado por Yukio com uma incrível concentração de poder mágico, atravessa-se todo o corpo de Tori como uma corrente elétrica absurda, fazendo com que uma enorme quantidade de poeira, erguida do solo abaixo de Tori, abalado pelo poder, criasse uma nuvem de poeira ali. Após a colossal descarga alguns filetes de eletricidade ainda resmungavam em faiscar pelo local e, quando a nuvem de fumaça abaixava-se, Tori estava agachado, cercado de cinzas ao seu redor.*

SÓ ISSO? QUE DECEPÇÃO, YUKIO!

*Tori logo ergue-se, fazendo com que algumas cinzas que ainda encobriam seu corpo caíssem ao chão. Mais uma vez ele havia morrido e mais uma vez ele havia renascido, entretanto dessa vez ele parecia estar mais enfraquecido, como se seu renascimento não tivesse tido força suficiente para restaurar todo o seu vigor. Logo ele volta-se novamente para Minori, seu braço ficando completamente envolto em chamas.*

VOCÊ REALMENTE VOLTOU APENAS PARA TENTAR ME DESTRUIR! COMO OUSA ME TRAIR UMA SEGUNDA VEZ?

*Soltando um grito de ódio, Tori aponta seu braço na direção de Minori, e, com uma imensa quantidade de poder acumulado, lança um raio de fogo, como uma labareda cor de mármore que serpenteava enlouquecida, cuja força e pressão eram tão intensas que até mesmo o fogo do inferno se curvaria com inveja e pavor.*

Assunto: Re: Cemitério Sáb Jul 21, 2012 3:27 am

*Arien cai no chão, com a mão sobre o pescoço, ao mesmo tempo com dor e protegendo o colar. Arien chorava, numa mistura de raiva, dor, tristeza, sofrimento, pena. Escuta as palavras rudes dele mais uma vez e rapidamente inverte de lugar com Minori. Agora seus olhos eram violeta, ganhava poucos centímetros a mais de altura e seus cabelos ficam levemente mais claros. Agora ela estava no comando. Arien ainda estaria por perto. Minori tem sua memória recuperada 100% e tem rápidos flashbacks. Junta tudo em sua mente, muito rápido.*

Monstro... MONSTROOOOOOOOOOOOO!

*Imune ao fogo, por ser filha de uma fênix, Minori resolve não contra-atacar. Observa Tori a atacar e, rapidamente, arranca o colar de seu pescoço e o usa como escudo, ficando em pé e firme, pronta para receber o ataque.*

Convidado

*As chamas de Tori, enfurecidas, acabam por avançar contra Minori, destruindo o colar que ela usará para tentar se defender, carbonizando-o por completo. Logo após aquilo, repentinamente, Tori para de se mover por um segundo. Ele sente uma sensação estranha, como se algo o tivesse sufocado por um mísero instante, como se um vazio o tivesse preenchido rapidamente e esvaído-se, como se soprado por um vento frio. Uma estranha sensação de formigamento invadia uma de suas mãos.*

O que.... O que é isso?

*Ele fitava sua mão esquerda, que ia desfazendo-se em chamas, começando pelos seus dedos. Não era como se ele estivesse pegando fogo, mas sim de que ele era feito de fogo e agora esse fogo estava se espalhando. Logo era seu pulso e pouco depois aquele efeito já estava estendendo-se aos poucos pelo seu musculoso braço. Tori fita aquilo perplexo, repentinamente parte de seu próprio corpo começou a desfazer-se em chamas brancas, as chamas que ele controlava, as chamas que eram o seu poder. Logo, olha para a Elfa, com uma enorme fúria em seus olhos. Uma fúria que mascarava um sentimento de confusão dentro daquele homem. Então, explodindo, ele grita com todo o fôlego dos pulmões que conseguia reunir.*

O QUE É ISSO? O QUE VOCÊ FEZ???

*Tori faz como se fosse avançar, mas, repentinamente para de se mover. Ele sente uma fisgada em seu peito e, quando vê, uma rachadura abria-se nele e, de dentro dela, começava a emanar mais chamas brancas. Logo olha para trás e vê que suas asas também começavam a desfazer-se da mesma forma que suas mãos. Ele mal conseguia se mover naquele momento, era como se sua energia estivesse sendo drenada por aquilo.*

RESPONDA-ME!!!

Assunto: Re: Cemitério Seg Jul 23, 2012 2:20 am

-Selo material. Já ouvi falar nesse tipo de magia... Tem que ser muito especialista em selos e prisões pra fazer algo desse tipo em alguém com o tamanho do poder dessa galinha. Velho-babão... Foi por isso que você nos deixou vencer de propósito naquele desafio com a Izumin na sua sala, foi?

*Yukio até queria ter um certo sorriso no rosto, mas naquela cena tensa e cheia de emoções fortes sobre traições, despedidas e abandono, não seria o melhor momento. Até mesmo esse professor sem noção sabe muito bem quando não ser tão troll quanto costuma. Mas de fato, a atitude que Yasuyoshi tomara sem que ninguém percebesse fora a mais incrível ali. Parecia que no fundo, aquele diretor ainda tinha uma ponta de esperança. Parecia que, em algum ponto distante do seu coração, ele ainda queria voltar a ser amigo de Tori, fazê-lo deixar sua busca doentia por poder, fazê-lo feliz ao lado de sua filha. Este plano não dera certo... Mas ainda assim, a fênix tivera o que merecia.*

-Você só queria testar a minha determinação... E deixou a Izumin ganhar uma luta ao ver que essa determinação era tanta que chegou a preencher os objetivos dela, que sequer sabia ao certo o que estava acontecendo. Você pensa em coisas demais, velho-babão. Já disse que isso vai acabar te ferrando um dia.

*Yukio então desfaz a magia que o prendia, tirando o corpo fechado de Yasuyoshi.*

Assunto: Re: Cemitério Seg Jul 23, 2012 2:33 am

-Não sei do que você está falando, Yuu-chan.

*Diz Yasuyoshi, não querendo dar o braço a torcer. A verdade é que quando Tori começou a mudar, largando Ariën grávida de lado, ele preparara algo desejando sim que Tori um dia voltasse a ser o homem bom que um dia fora. Criara um colar e o enviara para Ariën com o bilhete "entregue este presente para a sua pequenina semente, para que um dia ela desabroche em uma linda flor". Afinal, percebendo que Tori jamais voltaria a ser como era, a única coisa que o diretor podia fazer por ele seria deixar um pouco do seu coração junto com sua filha que jamais conheceria. Aquele colar era nada mais que um pedaço da alma de Tori presa para proteger Minori, e agora que fora destruído, é como se a alma de Tori estivesse quebrada, pela metade. E um corpo não sobrevive sem alma. De fato, ele tivera uma esperança a mais no coração ao ver que Minori viera para a academia, e que Yukio, com todo o seu poder inquestionável, estava do lado dela e se envolvera em uma trama que envolvia abrir a tumba da fênix. Quem sabe se, ao abrir a tumba, Tori não vê Ariën nos olhos de Minori, conhece sua filha e se arrepende de seus atos? Só que infelizmente isso não acontecera. E todo o esforço que Yasuyoshi tivera através de décadas tentando ajudar seu grande amigo de juventude a reconquistar sua amada e o fruto do seu amor foi jogado fora por um simples desejo de poder.*

-Poderia ter terminado de uma forma melhor... Mas ainda assim, cada um tem o que merece.

*Assim que termina de dizer essa frase, Yasuyoshi não aguenta e cai no chão, de costas, duro. Sua pele estava pálida, com olheiras, boca ressecada e cabelos caindo facilmente. A verdade é que com a destruição do selo, da tumba e do colar, a maior parte do poder que Yasuyoshi usava para mantê-los funcionando também fora dissipado. Agora aquele diretor que sempre fora um homem forte que esbanjava saúde mais parecia um velho precisando de grandes cuidados. "Fiz a missão da minha vida, pelo menos", pensava ele enquanto simplesmente fechava os olhos para tirar um cochilo que ele não conseguia nem adiar. O cansaço em seu corpo era tamanho que já não tinha forças para manter-se acordado por um minuto sequer.*

Assunto: Re: Cemitério Seg Jul 23, 2012 2:42 am

*Minori sente um calor enorme em suas mãos, e então vê o colar se destruir. Imune ao fogo, acabou evitando maiores consequências. Olha para Tori e vê seu corpo se desfazendo em suas próprias chamas. Finalmente havia entendido tudo. Com um olhar sério e ao mesmo tempo triste, se aproxima dele*

Então é isso... eu sempre...

*Vê o diretor sofrendo e olha para ele com pena, chorando, mas sorri carinhosamente para ele. Na realidade quem estava sorrindo para ele era Arien.*

*Chega perto de Tori e, andando lentamente, sem tirar os olhos dele, começa a falar*

Esse colar foi dado a mim pela minha tia, após a morte de minha mãe. Sempre tive muita afeição por ele, pois achava que era um presente de minha mãe... Me sentia protegida com ele, afinal ele sempre transmitiu meus sentimentos. Mas desde que vim para esta academia, todas as vezes que ele queimava em meu peito era porque você estava por perto. E agora entendi o significado de tudo isso. Era uma parte sua que estava nele, Tori Jigoku. E que você mesmo destruiu.

*Se aproxima ainda mais dele, sem medo, mas sim com dor e raiva nos olhos*

Você tem noção do quanto me machucou? Assassinou brutalmente minha mãe e o homem que seria o pai que você não foi... Feriu meus amigos... Ignorou seu futuro feliz ao lado de minha mãe e eu apenas pelo prazer de ter poder... E ainda tentou me matar, quando me fez cair do terraço, e fez com que eu perdesse o filho que eu esperava!!!

*Minori não tinha tocado nesse assunto desde a perda de sua memória. Estava tremendo, extremamente nervosa, chorando e olhando para a figura do pai com raiva, ódio, pena, nojo...*

Convidado

Yasu... Então, você estava apenas...

*Tori olha para o seu velho amigo, o estado em que ele havia ficado. No fim, nunca fora realmente uma traição, mas, na verdade, uma amizade tão forte que Yasuyoshi não queria que Tori se transformasse no monstro que ele se tornou.*

Entendo...

*A essa altura, todo o corpo de Tori até seu peito havia se desfeito em chamas. Agora, na hora da morte, toda a raiva, a fúria e o rancor pareciam estar desaparecendo. Ele olha para frente, vendo Minori caminhar por aquele lugar arrasado pelas chamas.*

Então, esse colar tinha uma parte da minha alma. Mas, quando foi que... Isso não importa mais...

*Tori olha para os olhos da filha, para as lágrimas que escorriam, para todos os sentimentos que ela sentia, para todo o sofrimento que ela sentiu por causa da ganância que ele tinha por poder. De fato, Tori havia destruído a vida dela, destruído a vida de Arien, destruído inúmeras outras vidas, agora, sua morte daquela forma, perdendo seu poder era o que ele realmente merecia, mas não era o que mais doía em seu coração.*

Eu sou realmente um monstro, como você diz... Eu destruí a vida das pessoas que eu mais amava para conseguir poder e com ele ser feliz, mas eu nunca fui capaz de enxergar que eu não precisava disso para ser feliz. Então, até meu próprio neto eu matei sem perceber... Se eu tivesse conseguido enxergar antes poderia ter visto que o futuro que eu tanto desejava estava tão próximo, mas a única coisa que eu consegui fazer foi afundá-lo cada vez mais.

*Tori já não conseguia fazer mais nada, mais nenhuma chama ardiria ao seu comando naquele momento. Provavelmente ele não tinha quase mais tempo nenhum, não iria demorar até que ele desaparecesse por completo e, finalmente, deixasse que as pessoas que ele tanto machucou tivessem vivido em paz. A única coisa que ele podia fazer naquele momento era continuar olhando sua filha, a filha que ele teria amado e zelado.

Não era esse o fim que eu imaginava, mas, de fato, talvez esse seja o fim que eu mereça. Se eu tivesse feito tudo diferente, talvez, até mesmo Arien estivesse viva hoje... Minori, você foi a quem eu fiz mais mal, a pessoa que eu teria mais amado nessa vida.

*Uma pequena lágrima escorre de um de seus olhos, percorrendo a extensão da pele branca de seu rosto, tão serena e inocente que mal parecia ter escorrido de olhos que, por toda a vida, estiveram preenchidos de tantas mágoas e sentimentos ruins.*

Nada do que eu fiz pode ser apagado ou consertado... Não há perdão para tantas chamas que queimaram tantas vidas e sentimentos... Não há perdão por eu ter matado a Arien, não tem perdão por eu ter matado meu neto... Mas, mesmo que eu seja esse monstro, eu quero que saiba que, eu queria poder ter sido o pai que eu não fui para você.

Assunto: Re: Cemitério Seg Jul 23, 2012 9:11 pm

-Hm... Enten~~ HÃ!?

*Só agora, depois de trocentas falas de todo mundo, é que Yukio entende o que Minori dissera por ter perdido um bebê. COMO ASSIM!? Por que ele não sabia de nada a respeito disso? Faz quanto tempo que isso aconteceu!? Como isso aconteceu!? Tudo começou a se embaralhar na cabeça do bruxo enquanto aquelas cenas, falas, chamas, tudo acontecia ali. Ele não podia nem sequer dar muito na cara que teria sido "sua culpa", afinal estava na frente do sogrão, da sogrona E do patrão.*

-M... Minorin, c-como assim? @¬@'

Assunto: Re: Cemitério Ter Jul 24, 2012 12:07 am

*Minori fica apreensiva com reação de Yukio, afinal ele não sabia. Mas no calor do momento acabou se lembrando de tudo e não teve como segurar isso na frente de Tori. Olha para Yukio com um olhar triste, sem dizer nada, mas que dizia tudo, algo como "depois conversamos sobre isso"*

*Completamente desnorteada e confusa (afinal, eram muitos sentimentos ao mesmo tempo), chega bem próxima de Tori e vê sua lágrima. Sem saber direito o que estava sentindo, se desaba em chorar, caindo ajoelhada bem perto dele e tocando seu rosto, enxugando a lágrima. Arien, em forma de luz, "sai" de Minori e envolve Tori em seus braços, emocionada, como se reconhecesse Hiroto-kun, seu antigo Hiroto-kun. Minori, chorando, o abraça também. Era como se ele recebesse o perdão duplo, o perdão das duas vidas que desgraçou, o perdão da família que poderia ter tido. Apesar de não merecer, uma coisa é certa: o coração de um elfo é mais puro e nobre do que se pode imaginar. Minori fica ali, abraçada com ele, quieta, apenas chorando. Sabia que era a última vez que estaria com seu pai. Arien, sorrindo, dá um beijo na testa de Minori*

Eu sempre estarei com você, minha querida.

*Arien então se expande em uma luz azul muito brilhante, caindo como um cometa em seu túmulo, que estava a poucos metros dali. Minori sorri para a mãe, feliz, pois finalmente ela descansaria em paz. Fica ali com o corpo de seu pai em seu colo, chorando.*

Acabou...

Convidado

*Tori apenas fecha seus olhos, sentindo o abraço de Arien e de sua filha, quando ela enxugou sua lágrima no rosto, com uma ternura que aquela fênix jamais experimentara antes. O perdão de Arien, a mulher que ele amava e tinha matado, como ele havia sido estúpido. Sua filha que jamais conheceu e tentou acabar com ela tantas vezes. Ele não merecia perdão. De fato, se Tori pudesse ter orgulho de pai, ele teria, sua filha havia se tornado uma grande elfa. Mesmo depois de tudo, as duas, que tinham os corações mais puros de todos, foram capazes de um gesto como aquele mesmo com o homem que arruinou toda a felicidade que aquelas duas poderiam ter tido.*

Arien, Minori...

*Tori apenas fecha seus olhos, incapaz de se mexer, incapaz de poder demonstrar carinho para com sua filha. Bem, talvez seja até uma outra punição que ele merecera, na hora da morte.*

Minori... Filha, seja feliz...

*O mal que tanto machucou as pessoas, que tanto machucou Minori, agora, estava acabado. Rapidamente, as últimas partes de sua existência se desfazem em chamas brancas, que desfaziam no ar. Seus ombros, seu peito, seu pescoço. Antes de desaparecer por completo, Tori abre seus olhos olhando para sua filha pela última vez. Naquele momento, Tori não sentia mais raiva, mais nada, estava sereno, e, pelo menos, sentia que havia sido privilegiado por pelo menos poder ter conhecido sua filha e ter visto ambas as mulheres que mais amara antes de morrer. Sua visão logo ficou escura e seu corpo todo havia por fim, terminado de se desfazer, como uma centelha de chamas que se apaga, entrando, por fim, na escuridão de um sono eterno.*

Assunto: Re: Cemitério Ter Jul 24, 2012 1:02 am

*De repente, uma luz negra começa a sair de dentro de todas as pessoas controladas por Tori, tirando-as completamente de seus transes hipnóticos. Porém, aquela luz negra parecia não ter lugar para ir. Afinal, a fonte de toda aquela energia das trevas havia sido eliminada junto com Tori Jigoku. Era uma quantidade monstruosa de energia demoníaca vagando sem lugar, ainda com o intuito de destruir todas as pessoas que tinham algo contra Tori Jigoku e suas ambições. A escola devia ser destruída, Tori deveria reinar sobre o mundo. Esse era o pensamento que reunia toda aquela energia, que formava uma névoa escura, negra, que deixava a noite já tenebrosa ainda mais obscura. Aquelas névoas de energia cruel se juntavam aos poucos, criando um clima denso, tenso e amedrontador.*

“Tori-sama não deverá sucumbir...”

“... Todo o mundo deverá obedecer a supremacia de Tori Jigoku-sama...”

“... Todos devem entrar em chamas e queimar até a morte...”

“... Morram todos! Explodam! Vão todos para o inferno!”

*Estas frases, entre outras, eram audíveis ao redor daqueles filetes de névoa negra, em várias vozes diferentes. Estas névoas então foram se juntando pra valer, criando um terremoto absurdo e se juntando em uma única criatura sombria, gigantesca, monstruosa, com uma youki que superava talvez até mesmo a de Tori Jigoku. Aquele monstro, parecido com um golem de mais de oito metros de altura, musculoso e feito de sombras, se movia velozmente por entre a academia, destruindo paredes, tetos, monumentos, salas, tudo. A destruição era inevitável nas mãos daquela criatura. Ela decide parar então na Quadra Externa, onde entra em um berserk ininterrompível, destruindo o prédio da academia inteiro de fora pra dentro, em pancadas poderosas que causavam estrondos tão poderosos como tempestades de trovões.*

Assunto: Re: Cemitério Ter Jul 24, 2012 1:30 am

*~~Misoiro Ewoqio~~ Yukio, depois de ver tantas lágrimas envolvendo Minori, Arien e Tori, e que os pais da aluna haviam desaparecido de vez, Yukio conjura uma lápide moldada em pedras brancas, com uma cruz bem grande no centro e duas asas saindo da parte de trás, com a escritura "Em nome do Amor Eterno". O professor se aproxima da elfa, que ainda estava ali agachada, e se abaixa ao lado dela. Ainda estava bolado com a revelação dela, mas não era momento para conversar sobre isso. Pôs suas mãos sobre os ombros dela e ficou em silêncio, apenas para lhe dar suporte. Porém, exatamente naquele momento, um tremor imenso rodeou a academia, criando uma névoa negra que se juntava ao redor da Quadra Externa criando um gigantesco golem que a tudo destruía. Yukio, sem pensar duas vezes, tenta se levantar imediatamente para fazer algo, mas cai de joelhos. Gastara energia demais para conjurar Gungnir e aquele monte de trovões, e agora estava fraco. Minori, Kagami, Yasuyoshi, a maioria das pessoas poderosas daquela academia estavam sem forças para isso. Como diabos eles conseguiriam derrubar aquilo!?*

-O que... diabos é aquilo!?

Assunto: Re: Cemitério Ter Jul 24, 2012 1:38 am

*Sae também fica chocada ao ouvir o que Minori dissera, apesar de já ter desconfiado de coisas assim anteriormente. Mas decide deixar para lá, afinal aquele não era o momento para discutir ou se meter em qualquer desses assuntos. O que mais a chocou, no entanto, foi ver que a luta não havia terminado. A academia, agora sendo atacada por um imenso golem de sombras, não parecia mais ter muita salvação. Sae também estava sem forças, afinal nem sequer dormira desde que isso tudo começara, há três dias atrás.*

-Aquilo é a materialização da energia negra de Tori!?

Assunto: Re: Cemitério Ter Jul 24, 2012 1:52 am

*Fica meio sem ter o que fazer, evitava ao máximo ter que encostar em sua cópia novamente, então fica basicamente assistindo o fim do embate. Quando tudo finalmente termina, percebe que Yasuyoshi desfalece no chão, sem nenhuma força, por isso vai correndo para acudí-lo.*

Diretor!

*Alcançando-o, percebe que seu estado era crítico. Preocupado, envolve-o pelos braços e o ergue, carregando aquele enorme corpo sem dificuldades. Ao olhar para cima, porém, vê aquela criatura enorme se formando pela junção de pura energia negra. Todos ali estavam sem energias, mesmo Yan estava bem ferido e cansado, assim não seria de nenhuma utilidade contra aquela criatura...*

Yukio-kun... O que faremos?

Assunto: Re: Cemitério Ter Jul 24, 2012 1:58 am

*Minori vê a bela lápide e enxuga suas lágrimas. Sente Yukio perto dela e apenas debruça sua cabeça sobre seu ombro. Até que sente o tremor e, assustada, olha para cima e percebe que não havia acabado. Olha com pavor para Yukio e dá a mão a ele quando o vê caindo*

Não.... por favor, diga que não...

*Aflita e também sem forças, Minori fica perdida, sem saber o que fazer*

Assunto: Re: Cemitério Qua Jul 25, 2012 9:26 pm

-Relaxa. Tem gente que eu sei que cuida disso num instante.

*Diz Yukio com toda a convicção no olhar. Mas na verdade não tinha certeza alguma de que isso poderia acontecer. É que ao ver a expressão de desespero, totalmente sem esperanças de Minori, se ele concordasse com seu medo e deixasse acontecer daquela maneira, poderia ser ainda pior. O jeito era esperar e ver se, de fato, existia alguém que pudesse lidar com aquele problema.*

Assunto: Re: Cemitério Qua Jul 25, 2012 9:31 pm

-É melhor termos essa esperança, sim.

*Sae se senta perto de Minori, Yukio, Yasuyoshi e todos os outros que estavam ali. Começa a transferir suas energias em área, curando-os aos poucos. Só que como eram muitas pessoas e suas energias não estavam no máximo depois daquele combate, demoraria bastante até que tudo fosse curado com eficiência. Por enquanto, isso era tudo o que ela podia fazer.*

Assunto: Re: Cemitério Sáb Jul 28, 2012 6:07 pm

*Renzu acompanhara todo o fim daquela história maligna que desgraçou tantas pessoas. Bem, ele era de fato apenas um coadjuvante ali, ao lado de Yangaba.*

O Diretor vai precisar de cuidados médicos o mais rápido possível, mas, no momento...

*De fato, havia agora um monstro de escuridão grande tentando destruir a Academia. Lutar contra Raycha e acabar desperdiçando sua youki naquele campo de batalha, fizeram com que Renzu não pudesse fazer muita coisa contra aquela criatura.*

Tomara que realmente haja alguém...

Assunto: Re: Cemitério Sáb Jul 28, 2012 6:13 pm

*Haruka tivera que usar grande parte do seu poder para se recuperar das queimaduras causadas por aquele fogo branco do ex-diretor. Estive também, emocionalmente abalada, por estar em sintonia com Minori, compreendo suas fortes emoções e sofrimentos naquela hora, até chegou a chorar.*

[Eu tenho que levantar antes que me esqueçam aqui! =-=]

*Logo ela erguia-se, ainda na sua forma youkai, uma unicórnia, de cabeça baixa ela caminha lentamente até perto de Minori, apesar de não conseguir falar na forma youkai, sua presença tentava acalentar a elfa. Haruka tinha esperanças de que haviam três pessoas que ela conhecera, três amigas, que seriam capazes de enfrentar algo como aquilo.*

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