Quarto Nº480

Este quarto está registrado no nome de Okazaki Jirou.

*Entra no seu quarto e tranca a porta, coloca sua mala em um canto, tira suas roupas da baggem e as arruma no guarda roupa enfileiradas.*

Muito bem...

*O quarto era bem espaçoso, tinha uma grande mesa em um canto, ele aproveita e coloca vários livros nela, posicionando-os de uma maneira que seria fácil para sua consulta. Ele coloca a mão em seu pescoço enquanto o alonga um pouco.*

Como eu fui esquecer do ônibus?

*Ele vai até o banheiro de seu quarto e o avalia, estava satisfeito, ele entra e toma um banho rápido e refrescante, coloca um pijama que mais parecia uma jaleco e se deita na cama, apoiando suas mãos atrás da cabeça e olhando para o teto.*

Nunca imaginei que voltaria para cá depois de tantos anos...

*Ele solta um leve suspiro se lembrando da época que estudava ali.*

Bom, melhor eu dormir logo, descansar sempre é bom...

*Ele tira seus óculos, colocando-os em uma mesa o seu lado e fecha seus olhos, dormindo pouco tempo depois.*

*Com o jaleco na mão ele bate naquela porta.
Toc Toc*

*Acaba acordando ouvindo um barulho em sua porta. Sua inteligência ainda estava boa e isso fez com que ele não pensasse que eram cupins, ele se levanta coloca seus óculos e calça uma pantufa, indo até a porta ele a abre e vê um homem que carregava um jaleco, ele olha para a vestimenta, era idêntica às suas.*

[ Devo ter deixado esse jaleco cair quando eu mexia na mala...]

*Ele olha para o rosto do homem, ele parecia conhecê-lo.*

Boa noite, er... * Ele franzi um pouco seus olhos.* Eu te conheço. Você é ... Mi...Min... Min.. Man...

*Ele coça sua cabeça, ele definitivamente é ruim para lembrar de nomes.*

*Olha bem para o professor desse quarto e logo se recorda daquele rosto e a cicatriz.*

- Você é Okazaki Jirou não é mesmo?

*Ao contrario de Okazaki, Shin'ya tinha uma mémoria ótima*

- Bem, agora já sei o porque daquele barulho. Havia sido seu parafuso não é? Não seria bem mais fácil fazer isso quando acordasse?

*Mesmo ao ver um amigo bem antigo, Shin'ya ainda permanecia com a mesma postura de sempre, não aparentava nem alegria ao ver que Okazaki estava bem.*

*Ele se lembrava dele, mas o nome não vinha em sua cabeça.*

Sim, sou o Okazaki Jirou e eu me lembro de você, estudava na mesma série que eu... Miy... Droga, minha memória não é muito boa...

*Ele leva sua mão ao parafuso, girando ele mais, forçando mais seu cérebro. Ele acaba se lembrando do nome.*

Miyazaki Shin'ya!

*Faz um gesto para Shin'ya entrar e abre espaço.*

Entre por favor. Realmente é bem melhor eu girá-lo pela manhã, mas hoje eu havia me esquecido...

*Ele entra com extrema elegância e fica ali mesmo em pé.*

- Você havia deixado seu jaleco cair em frente a porta do quarto, vim devolve-lo.

*Shin'ya estica a mão, que segurava o jaleco, em direção a Okazaki.*

- Aqui está. Tome mais cuidado com esse parafuso, se continuar dessa forma, várias pessoas vão acordar.

* Fecha a porta após o homem entrar. Ele pega o jaleco e puxa uma cadeira para Shin'ya se sentar, pega uma cadeira para ele também, virando-a ao contrário, apoiando a parte frontal de seu corpo nas costas da cadeira.*

Não é tão barulhento, você que possui uma ótima audição... Mas admito estar um pouco surpreso, não imaginava reencontrar um colega do passado aqui, o que fez após terminar a academia e por que está aqui de novo?

*Falava meio curioso, ele gostava daquele jeito formal de Shin'ya agir.*

*Se senta na cadeira*

- Como já foi reportado em vários jornais, continuei como Mordomo na Inglaterra. Até que a familia que servia foi destruída por um dos membros, infelizmente não consegui evitar, recusei várias ofertas para ser Mordomo. Após isso andei pelo mundo, para aprender mais coisas e voltei para a Yokai Gakuen porque foi um lugar aonde me diverti, mesmo que só um pouco.

*Ele da um longo suspiro.*

- E você, o que fez depois de se formar e porque voltou para a Yokai Gakuen?

*Ele escuta a história de Shin'ya.*

Desculpe, não costumava ler jornais naquela época...

*Ele se debruça um pouco mais sobre a cadeira.*

Depois da academia eu fui para o mundo humano, me dediquei à química e trabalhei como cientista, fazia várias experiências, mas cortaram meus fundos... [Mesmo chegando a resultados muito bons...] ... Depois disso fui viver sozinho em uma montanha, treinei sozinho lá durante um bom tempo, só que em um dia vi uma mulher parecida com a Sae. * O nome dela ele nunca esquecia.*

Depois desse dia me lembrei da academia e resolvi voltar para cá, sabe a vida em exclusão não é muito boa e não queria me juntar à sociedade humana...

*Ele fica em silêncio, leva sua mão ao bolso e puxa um cigarro, o acende com um isqueiro, traga e solta uma baforada para o outro lado, deixando o cigarro na sua boca.*

Agora estou trabalhando como Professor de Química, vou começar agora, cheguei um pouco atrasado...

- Sei como é... Até mesmo eu cheguei atrasado. - *Era impressionante o fato de Shin'ya ter chegado atrasado, normalmente ele não se atrasaria.* - Você ainda gosta tanto assim da Sae?

*Após ver Okazaki fumando ele da um leve riso.*

- Você não muda não é....

Você chegou atrasado? Menciono esse fato como mais uma surpresa para mim.

* Ele percebe que ele olhou para seu cigarro.*

Shin'ya, quer um? Sei que possui milhares de substâncias tóxicas, mas o organismo de um yokai é muito mais resistente do que o de um humano então não tem com o que se preocupar.

*Ele fica um pouco pensativo quando Shin'ya fala de Sae. Seus óculos redondos ficam um largo brilho e uma fumacinha fica saindo da ponta do cigarro, serpenteando pelo ar.*

A Sae foi a maior amiga que eu tive, apesar de que nunca fui um bom amigo, na minha época de mais jovem não sabia valorizar isso... Não eu sabia valorizar, mas não sabia demonstrar, mas acho que ainda não sei...

*Ele solta uma baforada e da uma espreguiçada, voltando a se apoiar nas costas da cadeira e olha meio baixo para o lado.*

Bom, não sei onde ela está hoje em dia nem nada do tipo...

*Olha para Shin'ya.*

Mas você ainda não me disse, o que faz aqui na academia? Me refiro ao seu emprego.

- Não obrigado, não fumo... Prefiro deixar minha saúde perfeita.

*Após Okazaki falar tanto de Sae ele percebe que, realmente, era um forte sentimento.*

- Tem grandes chances de ela estar aqui na Yokai Gakuen, ela amava esse lugar. Eu diria que... - *Para e pensa um pouco, formulando várias coisas.* - Tem 93,78% de chance, caso eu não tenha errado essa pequena conta.

*Era impressionante a velocidade que Shin'ya havia feito o calculo. Após ouvir a pergunta de Okazaki, sobre seu atual emprego da um pequeno riso*

- Professor de Inglês.

*Se ele não tivesse tirado a cigarro da boca nessa hora ele teria engasgado com ele.*

Você acha que ela está aqui? Mesmo depois daquele diretor do passado? Por causa dele esse lugar tinha virado um inferno, não é um poço de boas memórias...

* Ele se lembra do caso do antigo diretor.*

Bom, mas tirando isso e seguindo seus cálculos acredito que estaria mais para 93,79%... Estou impressionado, você conseguiu fazer uma estimativa dessas com extrema facilidade, sem esse parafuso seria impossível para mim...

*Ele da mais uma tragada e solta uma pequena nuvem de fumaça.*

Professor de Inglês? Então somos colegas de profissão. Você viajou o mundo inteiro, deve saber muitas línguas além do Inglês, mas se me lembro você sempre foi extremamente rígido com suas tarefas, deve ser bem cruel dando aulas...

- Fala do Tori? Foi horrível para prende-lo... Mesmo com Yukio, Shiranui, Sae, Akira(Npc), Você e Eu em um "time" precisamos da ajuda de vários professores e até mesmo do diretor atual diretor... Bem, isso acabou e Tori está preso agora.

*Fica surpreso com o "elogio" de Okazaki, mesmo não sendo algo tão incrível para Shin'ya.*

- Sim, seremos. Possivelmente veremos Sae amanhã, na sala dos professores. Tem que ser cruel atualmente, caso contrario os alunos não te ouvem e ficam fazendo o que querem, são poucos os que conseguem moral em uma sala de aula sendo bem tranquilo.

Sim falo do Tori, fico feliz que aquele maldito esteja vivo dentro daquele selo parar continuar vivendo e morrendo, afinal aqueles que vivem mais de uma vida devem morrer mais de uma morte...

*Quando falou essa última frase sua expressão parecia a de um insano maligno, mas rapidamente voltou ao normal.*

Só espero que nunca mais saia de lá até descobrirem uma maneira de se matar aquela fênix superdesenvolvida eternamente...

* Ele balança a cabeça positivamente.*

Eu concordo, acho que professores precisam ser severos, se não os alunos acabam se tornando um bando de relaxados... Se Sae estiver aqui na academia em algum momento a veremos, mas não sei se ela se lembra de mim, afinal mesmo ela sendo minha melhor amiga acho que nunca fui mais do que um colega de classe para ela...

*Ele não foi muito sociável na sua adolescência. Ele tira o cigarro de sua boca e o segura entre seu dedo médio e o indicador da mão direita, deixando-a abaixada.*

De qualquer forma é bom reencontrar uma pessoa da minha época, me faz lembrar de como eram as coisas...

*Shin'ya gosta das palavras de Okazaki em relação a morte. Quando ele fala sobre a época dele um sorriso surge na face de Shin'ya.*

- Era tudo tão fácil e tranquilo. Por mim o resto do ano na Academia seria assim. Graças aquele maldito tudo saiu de seu rumo...

*Era notável um pouco de raiva na fala de Shin'ya. O mesmo para de falar um pouco.*

- Creio eu que Sae ira te reconhecer, mesmo que não seja como o amigo que você foi naquele tempo, ela ira lembrar do seu rosto, acredite...

Bom, pelo menos da cicatriz ela deve se lembrar...

*Ele lembra um pouco e Sae e depois nota um pouco de raiva nas palavras e Shin'ya, ele gostava do sentimento da raiva, inclusive quando dois seres compartilhavam a mesma raiva.*

Sabe, seria interessante se descobríssemos como matá-lo sem que ele se regenere, eu teria um enorme prazer em fazer isso...

*Uma breve ideia surge na mente de Okazaki.*

Fênix renascem de suas cinzas, mas o que aconteceria se essas cinzas se espalhassem? O corpo da fênix não conseguiria voltar não é mesmo?

*Ele deixa um pouco das cinzas do cigarro cair no chão, sendo espalhada pelo vento em seguida.*

O problema é que mesmo que essa simples teoria pode ter falhas...

- Seria bom ter um "modelo para testes" nessa cituação. Creio eu que daria certo, seria impossível reconstruir um corpo utilizando magia com apenas uma das metades necessárias, mesmo para Tori.

*Ele estava analisando algumas coisas que foram ditas.*

- Por que amanhã não vamos até o diretor e pedimos permissão para sair temporariamente da Academia, tentar desenvolver uma forma de matar Tori? Pode parecer uma proposta idiota, porém, no momento, não temos outra escolha se quisermos matar Tori.

Pode ser uma ótima ideia, se conseguíssemos uma fênix de cobaia...

*Ele pensa um pouco passando a mão embaixo do queixo.*

Sim, vamos falar com o diretor, só preciso pelo menos dar minhas aulas de amanhã, porque não mantive minha presença aqui até agora. A questão é...

*Ele leva o cigarro até a boca e da mais uma leve tragada.*

Mesmo que desenvolvêssemos um método, o diretor se arriscaria a liberar o selo para matá-lo? Daquela vez foi imensamente difícil, se o diretor não tivesse criado a ilusão das nossas mortes daquela vez muitos de nós poderiam ter morrido... De qualquer forma vamos levar essa proposta até ele.

- Possivelmente ele não permitira que libertemos Tori. Só que o selo está ficando bem mais fraco com o passar do tempo, tirando o fato de Tori ter um "cúmplice". Se não me engano é um faxineiro, acho que ele já trabalhava aqui na nossa época de colegial, não vai demorar muito para que esse faxineiro tente libertar-lo.

*Era visível o desgosto de Shin'ya ao falar nesse faxineiro.*

- Detesto esse cara. Alguma coisa não me agrada nada nele. Bem, o Diretor possivelmente já sabe sobre esse faxineiro e sua relação com Tori, é só uma questão de tempo até ele não ter mais opções e Tori voltar...

* Ele coça sua cabeça.*

Um faxineiro?

*Ele se lembra de um homem que sempre andava com Tori e no final ficou trabalhando na academia.*

Sim eu me lembro dele... Shima... Shimamori... Tsc! Tanto faz! Achei uma tolice o diretor mantê-lo aqui na academia... Outro problema seria tirar o selo, acredito que pelo poder deve ser algo muito difícil, mas pela "imortalidade" de Tori é óbvio que o diretor possui as informações sobre o selo, ou então confiou a alguma pessoa fiel a ele... Será que o faxineiro possui alguma informação sobre isso?

*Ele solta uma baforada de fumaça que logo some no ar.*

Uma coisa não há dúvidas, aquela fênix vai voltar em algum momento e todos estarão em perigo, é possível que o passado se repita e é por isso que temos que desenvolver um método que acabe com sua forma de ressurreição e em seguida... Matá-lo...

- Concordo completamente... A volta de Tori seria horrível, só de pensar em toda a destruição que acontecer...

*Ele para um pouco, acaba se recordando da face e nome desse faxineiro.*

- Shinonome Masahiro. Temos que tomar cuidado com ele. Esse faxineiro parece ter informações sobre o selo, ele sem duvidas vai querer libertar Tori, para tentar tanto. Possivelmente ele também tenha informações "pessoais" de Tori, julgando pela proximidade que ambos tinham. Já esta chegando em um ponto critico...

Hum...

*Ele da mais uma tragada e depois solta a fumaça no ar.*

Parece que temos times divergentes por aqui, é provável que Tori já tenha conseguido aliados, me lembro que ele tinha um poder de penetração mental impressionante capaz de invadir sonhos, se ele ainda consegue fazer isso sua comunicação com o "mundo exterior" existe.

*Ele pega seu cigarro e começa a usar ele para desenhar no ar.*

Vejamos, devem haver aqueles que querem o retorno de Tori ao poder, aqueles que querem mantê-lo selado e aqueles que querem libertá-lo para tentar acabar com ele, como nós dois... O primeiro e terceiro time irão agir constantemente enquanto o segundo tentará bloquear os avanços, por isso é provável que confrontemos bastante aqueles que desejam mantê-lo selado primeiramente e depois nossa luta seria contra aqueles que querem que Tori assuma o poder... Vamos lidar com mais de um inimigo...

- Exatamente, o pior é que nessa luta seria "A Sobrevivência do Time mais Forte". Se Tori ainda mantem essa capacidade de invadir os sonhos das pessoas, ele ira tentar realizar o desejo dessa pessoa em troca da liberdade. Então podemos concluir que... - *Faz uma breve pausa* - Tori tentará "manipular" os novos alunos. Ele não seria burro a ponto de tentar fazer tal coisa com alunos daquela época.